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camara de descontaminação

Flamengo investe em câmara de descontaminação similar à de polêmica no DF

O clube aguarda a chegada do equipamento na semana que vem. Produto é diferente do ozônio, mas também não tem eficácia comprovada

Imagem do Portcov

O Flamengo busca formas de combater o novo coronavírus a ponto de receber permissão das autoridades para retomar os treinos. De acordo com o jornal o Dia, o clube investiu em parceria com uma empresa portuguesa e terá à disposição uma câmara de descontaminação. O equipamento é similar aos que têm gerado polêmica no Distrito Federal.

No DF, mercados aderiram e até a Câmara Legislativa (CLDF) pretende investir em câmaras de descontaminação. Na última quarta-feira (06/05), a Mesa Diretora da CLDF afirmou estudar a instalação de um túnel de ozônio para receber servidores e visitantes no retorno aos trabalhos.

Em matéria publicada na segunda-feira (11/05), o Metrópoles mostrou que especialistas não aconselham a utilização do aparelho. Isso porque não há comprovação científica de que o ozônio é eficaz contra o novo coronavírus.

O Portcov, equipamento que estará à disposição do Flamengo na semana que vem, tem a mesma finalidade das câmaras usadas no DF. No entanto, o agente usado na descontaminação é diferente.

Entre os benefícios prometidos pelo equipamento estão: pulverização por patamares controlada por sensor de altura, desinfecção de mãos e câmera térmica para controle de temperatura.

Nenhuma comprovação

Para a infectologista do Hospital da Asa Norte (Hran) e do Hospital de Águas Claras, Ana Helena Germoglio, este é mais um produto vendido como solução, mas que não cumpre o prometido.

“Não existe até hoje, nenhum produto que seja regulamentado pela Anvisa para a desinfecção de pessoas. Além de passar a falsa impressão de proteção, ele pode fazer as pessoas relaxarem em medidas muito mais eficazes, baratas e comprovadas”, afirma a infectologista.

Mesmo que não esteja claro na descrição do Portcov qual o produto usado, Ana Germoglio questiona o método usado na máquina. “Ele (produto) nem vai e nem deve ir para as vias respiratórias. E ali é onde fica a maior fonte de vírus nas pessoas sintomáticas ou sintomáticas. Então, dá essa falsa impressão de segurança”.

Testes no Flamengo

Entre os dias 30 de abril e 3 de maio, o Flamengo realizou 293 testes para detectar o vírus. Os exames foram feitos em 100% dos colaboradores, além “muitos familiares próximos dos jogadores.”

Ainda segundo o time carioca, dos 293 examinados, 38 testaram positivo, mas sem sintomas, sendo os chamados “positivos assintomáticos”. Foram detectadas 11 pessoas que já tinham tido o contato com o vírus previamente, sem sintomas, e já se encontravam com anticorpos IGG positivos.

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