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O vencedor não será o mais forte mas o que melhor se adaptar

O vencedor não será o mais forte, mas o que melhor se adaptar Covid-19

Foto: Divulgação

Estamos tendo que nos reinventar e nos adaptar a novos métodos de trabalho, quebrando paradigmas que até então seriam intransponíveis.

Há cerca de seis meses, eu iniciava minha nova função como CIO da ArcelorMittal para o segmento de aços planos e sabia que teria muitos desafios, pois nunca havia trabalhado nesta área. Eu sempre trabalhei do outro lado, do lado do negócio. Àquela altura, minha maior preocupação era entender rápido os jargões de TI e como todas as coisas da nova área se relacionavam. Meu foco era trabalhar na priorização de projetos, atividades e, principalmente, no desenvolvimento da nossa jornada digital, através do lançamento do Programa de Inovação Digital, o iNO.VC. O que eu não imaginava é que o início de 2020 seria ainda mais desafiador.

A pandemia da Covid-19 chegou impactando rapidamente todas as esferas da atividade humana e, especificamente, o ambiente empresarial, trazendo dificuldades, até então impensadas.

De uma hora para outra, as empresas se viram diante do desafio de rever suas estratégias de trabalho, estruturar novas formas de atendimento, garantir a continuidade dos seus negócios e tentar manter postos de trabalho. E tudo isso diante de circunstâncias futuras incertas. Dessa forma, não tivemos outra opção a não ser acelerar a implementação de soluções digitais, muitas delas inéditas não só para mim, mas para toda a organização. Estamos tendo que nos reinventar e nos adaptar a novos métodos de trabalho, quebrando paradigmas que até então seriam intransponíveis.

Nesta semana, completamos um mês com a maior parte do pessoal administrativo atuando em teletrabalho e, graças à maturidade e estratégia digital da área de tecnologia, temos mantido com sucesso, em média, mais de 2.000 conexões remotas simultâneas por dia. Nossas equipes têm mantido frequência nas reuniões, muitas vezes diárias, para acompanhamento dos trabalhos. Até mesmo cafés, happy hours online, virtual parties e bate-papos informais entre colegas têm sido estimulados, visando manter o bom clima entre as equipes e fortalecer o espírito de união.

Na ArcelorMittal, entendemos que o momento é de nos mantermos resilientes operacionalmente e alinhados às orientações dos organismos mundiais e nacionais de saúde. Também temos mais consciência, hoje, de que o nosso produto, o aço, que já era considerado uma matéria-prima indispensável na vida contemporânea, ganhou ainda mais relevância no cenário atual, sobretudo diante da necessidade de melhorias nas estruturas hospitalares e de ampliação da capacidade de leitos.

Por isso, estamos focados em continuar entregando bons produtos e serviços e, ao mesmo tempo, fazer com que os efeitos da pandemia se deem no menor prazo e com o mínimo de perdas possíveis.

Por termos uma estratégia digital bem definida, sustentada por uma boa governança, temos conseguido agir com proatividade neste momento e nosso programa de inovação digital, o iNO.VC, tem exercido papel especialmente importante neste cenário. Em funcionamento há cerca de 100 dias, já soma 18 desafios lançados, 80 startups conectadas, 55 eventos realizados e mais de 2.000 seguidores no LinkedIn. Várias soluções digitais vêm sendo implementadas a cada dia, nos mais variados processos da empresa.
A tecnologia tem sido importante aliada, ainda, junto aos empregados e terceiros de áreas onde não é possível operar em teletrabalho, pois passamos a utilizar câmeras termográficas para medir suas temperaturas e evitar a eventual proliferação do coronavírus no ambiente de trabalho.

As ações digitais têm beneficiado também a comunidade, seja com a oferta de eventos culturais nas mídias sociais corporativas, seja com o repasse para entidades sociais, via programa de voluntariado, de doações de cestas básicas e artigos de higiene. Também estamos produzindo máscaras e equipamentos de proteção para os trabalhadores da área hospitalar, dentre outras ações.

Se é possível ver um lado positivo para as empresas nestes tempos de pandemia, talvez seja essa oportunidade de acelerar mudanças operacionais e de pensamento (mindset) que, como todos sabemos, são um caminho sem volta. Enquanto isso, torcemos para que, assim como essa rápida transformação digital, todos nós também nos transformemos como seres humanos pós-Covid 19. E como será o trabalho depois da pandemia? Para essa pergunta ainda não tenho uma resposta, mas tenho uma certeza: será certamente diferente do que já foi. Um novo normal será estabelecido. Mais do que nunca, devemos manter o aprendizado continuamente para que possamos estar melhor preparados para o futuro. E como nos disse Darwin, o vencedor não será o mais forte, mas aquele que melhor se adaptar às mudanças.

Fonte da Noticia: https://esbrasil.com.br/o-vencedor-nao-sera-o-mais-forte-mas-o-que-melhor-se-adaptar/

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