Grandes Problemas com os termômetros digitais usados na entrada de supermercados, shoppings e igrejas no Centro
A medição da temperatura das pessoas nas entradas de grandes estabelecimentos, como supermercados e igrejas, está sob suspeita.
A maioria dos resultados aponta para uma temperatura abaixo da normal: em torno de 35º, embora a temperatura do corpo humano saudável fique entre 36,5º a 37º.
Tecnicamente, uma pessoa está sofrendo hipotermia quando a temperatura corporal for menor que 35º e, nesse caso, deve procurar atendimento médico imediato.
Segundo decreto da prefeitura, todo estabelecimento de atendimento ao público, com mais de 1 mil metros quadrados, deve medir a temperatura das pessoas antes de adentrar no local.
A iniciativa visa a conter a disseminação da Covid-19 na cidade. No caso dos templos religiosos, deve ser medida quando comporta mais de 300 fiéis.
Se a pessoa estiver com temperatura acima de 37,8º, fica proibida de ingressar ao local, e a orientação é que volte para casa e ligue para o Alô Saúde da Prefeitura de Florianópolis.
Alertado por leitores, o Floripa Centro foi às ruas da região central da cidade: em nove estabelecimentos visitados ao longo de duas semanas, a temperatura deste saudável repórter, apontada pelos termômetros, oscilava entre 33,2º e 36,1º, passando por vários estágios intermediários.
A reportagem, além de medir a própria temperatura, em cada local, acompanhou a medição de pelo menos mais cinco pessoas.
Quem deve controlar os termômetros?
Os termômetros digitais infravermelhos são aprovados pela Anvisa e ‘vão para o mercado’.
Nenhum outro órgão público afere a sua precisão, posteriormente.
A Vigilância Sanitária de Florianópolis diz que fiscaliza o método de medição de temperatura, mas não a eficiência dos termômetros.
O Imetro-SC informa que não fiscaliza os termômetros digitais infravermelhos, apenas os termômetros clínicos.