A eficiência de diferentes tipos máscaras, segundo este estudo
Cientistas testaram eficiência de proteções para o rosto – algumas convencionais, outras, digamos, improvisadas. Veja o resultado.
Das lições que a atual pandemia de Covid-19 nos ensinou, uma delas deverá ficar cravada em pedra (pelo menos enquanto o número de casos seguir aumentando): quando não é possível manter o isolamento social, usar máscara e fazer a higiene adequada das mãos são medidas indispensáveis.
Mas que materiais são mais eficientes em proteger contra o novo coronavírus? E que tipo de máscara caseira teria mais sucesso na tarefa de barrar uma possível infecção? Na ausência de uma descartável ou de pano, dá para substituir por outra coisa?
Foi pensando em investigar essas questões que pesquisadores da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, colocaram à prova uma série de materiais – alguns convencionais, outros, nem tanto – que podem ser usados na fabricação de proteções para o rosto.
Em um estudo, publicado na revista científica Journal of Hospital Infection, eles comprovaram que cobrir boca e nariz diminui drasticamente o risco de uma pessoa ser infectada. Quem fica de máscara por 20 minutos tem um risco até 94% menor de contrair o novo coronavírus se comparado a alguém desprotegido. O que não significa que você deva tirar a máscara para dar uma respirada depois desse tempo, é claro.
Essa porcentagem depende de vários fatores, é claro – como a quantidade de pessoas e a distância em que elas estão de você, o fluxo de ar no local e o tempo de exposição. Mas a qualidade da proteção também tem sua importância. Os modelos N99 e N95, usados por profissionais de saúde, e também as máscaras cirúrgicas despontaram como as mais confiáveis.
A versão caseira que mais se aproximou da eficácia dessas industrializadas, porém, foi fruto de uma combinação inusitada: máscaras de pano reforçadas com o filtro de aspirador de pó. O modelo, se usado ao longo de 20 minutos, poderia reduzir o risco de contaminação em 58%. Está sem filtros do tipo em casa? Segundo o estudo, toalhas de chá (sim, isso existe) e fronhas de travesseiro poderiam garantir uma proteção semelhante.
“Quanto mais densas são as fibras do material, maior é sua capacidade de filtragem. É por isso que tecidos reforçados são mais eficazes. Há mais material para bloquear a passagem do vírus”, disse Amanda Wilsion, pesquisadora que liderou o estudo, em comunicado.
Caso a situação esteja crítica e você opte por usar um echarpe no rosto ou mesmo improvisar uma camiseta de algodão, saiba que a boa intenção não vale muito. Para essas versões, o risco é diminuído em apenas 24% – quase tão eficiente quanto não usar máscara nenhuma. Você não vai querer contar com a sorte, né?
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