Shoppings avaliam usar termômetro que mede temperatura em massa
Centros comerciais avaliam comprar câmera que monitora sintomas de febre em até 1,8 mil pessoas por vez
Aliada ao controle do novo coronavírus em ambientes de aglomeração em massa, as câmeras termográficas – que monitoram a circulação e a temperatura das pessoas – podem estar entre as tecnologias usadas por shoppings do Distrito Federal para a volta às atividades prevista para a próxima semana. A aferição da temperatura é uma das propostas sugeridas pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para a reabertura gradual das atividades econômicas.
Antes mesmo da chegada do sistema na capital federal, os centros comerciais já negociam o uso dos equipamentos para acompanhamento a distância, e em tempo real, de clientes com indicativos de febre. A novo termômetro, além de monitorar a movimentação e a temperatura corporal de até 1,8 mil pessoas simultaneamente, também armazena as informações do escaneamento pessoal para comparativos futuros.
O sistema detecta, por meio de raios infravermelhos, pessoas com alta temperatura corporal e é utilizado em vários países do mundo, como China, Alemanha e Singapura. A tecnologia é diferente, por exemplo, da utilizada atualmente pelo Corpo de Bombeiros (CBMDF). No caso da corporação, o equipamento consegue aferir a temperatura de apenas um indivíduo por vez, a depender da mira.
No controle em massa de pessoas, o registro termográfico (com margem de erro de 0,5°C) identifica com cores quais áreas são mais quentes ou frias. Os tons frios (verde/azul) indicam temperaturas baixas, enquanto as quentes (laranja/vermelho) sinalizam temperaturas mais elevadas. No caso de um suspeito ser detectado, o sistema alerta, em dias posteriores, o retorno daquela pessoa às áreas monitoradas.
“Nossas primeiras câmeras termográficas chegam nos próximos dias e estamos negociando com os setores comerciais. Elas serão importantes para dar segurança aos frequentadores de locais de grandes movimentações. O público se sentirá seguro no local. Será fundamental também para grandes empresas garantirem um ambiente seguro no trabalho”, explica Agenor Chaves, fundador da Setec, empresa que comercializa o serviço.
Segundo o presidente da Federação do Comércio (Fecomércio-DF), Francisco Maia, há uma dificuldade para comerciantes do DF adquirirem qualquer serviço de monitoramento da temperatura corporal, incluindo os mais simples, mesmo assim ele elogia a aquisição pelos grandes centros comerciais.